segunda-feira, 2 de novembro de 2015


Reencarnação Explicando Champollion
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A doutrina das vidas sucessivas ou reencarnação explica com lógica e segurança o porquê das dessemelhanças da vida, oferecendo argumentações convincentes e conformes à razão.
A biografia do decifrador dos hieróglifos, Jean-François Champollion, revela-se enigmática, destituída da ótica reencarnacionista, desde que, já antes do  seu nascimento, em 23 de dezembro de 1790, fenômenos inusitados aconteceram. Sua genitora, acometida de paralisia e desenganada, foi curada por um curandeiro, o qual vaticinou o nascimento de um varão cuja fama, no futuro, se tornaria manifesta.
Foi dada à luz, realmente, um menino. Contudo, de imediato, chamou a atenção a pele escura, a córnea dos olhos amarela e a face com feição predominantemente oriental, acontecimento excepcional, porquanto nasceu no sudoeste da França, em uma região notadamente de origem ariana.
Desde a idade de 10 anos, era chamado de "O Egípcio", não somente pelo aspecto físico, semelhante a um oriental, como igualmente por devotar profunda identidade com as coisas do Antigo Egito, até mesmo estudando línguas mortas, em uma época dedicada às armas.

O famoso físico e matemático Fourier, participando da expedição científica ao Egito, organizada e chefiada pelo imperador Napoleão Bonaparte, trouxe importante coleção, constituída de fragmentos de papiros e inscrições hieroglíficas em pedras. Convidado a expor seus conhecimentos na escola, onde estudava Champollion, o sábio francês foi questionado persistentemente pelo menino, a ponto de Fourier convidá-lo para conhecer seu importante material.
Foi à casa do cientista e, emocionado, observou as vetustas inscrições. De imediato, perguntou: - "Pode-se ler isso?".
Devido à negativa do sábio, o garoto afirmou: - "Eu os lerei! Dentro de alguns anos eu os lerei! Quando for grande!".
Naquele momento exteriorizava-se uma determinação, oriunda dos mais recônditos refolhos do inconsciente. Ele sabia que poderia ter acesso àquelas importantíssimas comunicações. Em verdade, vivera nas antigas terras do Nilo e, intuitivamente, conhecia aqueles sinais, revelando-lhe peculiares. Somente a doutrina da reencarnação explica o fenômeno vivenciado, naquele momento, por um menino, contando apenas 11 anos de idade.
Seis anos após o ocorrido, tendo domínio completo das línguas remotas ligadas ao Egito, como o copta, faz o primeiro mapa histórico das terras do Nilo e esboça um livro a respeito dos antigos egípcios. A partir daí, então, recebe um convite para expor suas audaciosas teses em Grenoble. Por unanimidade, é aclamado pelos cientistas membro da Academia. Em caminho a Paris, na carruagem, diz ao irmão: "Eu decifrarei os hieróglifos. Eu sei!".
Naquele momento patenteava-se integralmente a faculdade intuitiva em Champollion. Ele sabia interiormente que tinha domínio sobre a escrita antiga dos egípcios. A explicação é ministrada pela Doutrina Espírita, ensinando-nos que todas as nossas aquisições, conquistadas em vivências anteriores, são gravadas no inconsciente e surgem nas futuras reencarnações.
Sua paixão pelo Egito não tinha limites, conhecia tudo que se relacionasse com essa grande civilização antiga, encontrando, com facilidade, a chave da decifração dos hieróglifos, abrindo as portas do conhecimento daqueles que habitaram as velhas terras áridas do Nilo.
Com 38 anos de idade, tem a feliz oportunidade de pisar naquele solo tão conhecido e ver com os olhos do presente o que já pôde observar em existência passada. Seu aspecto era de um nativo do país, vestindo-se a caráter, com a aparência natural de um árabe, dominando por completo a língua atual e os hieróglifos.
Para os que conhecem a doutrina das vivências anteriores, não é difícil interpretar os fatos aqui relatados. Com facilidade a reencarnação decifra o enigmático Champollion, o qual veio ao mundo com a sublime e dificílima missão de ressuscitar o pensamento da estranha e mística civilização egípcia, permitindo-nos perceber, no presente, o eco das vozes dos antigos habitantes do Nilo, gravadas nos hieróglifos.

Ilustrações da matéria (em ordem, de cima para baixo)
De Lilia Gomide e Claudia Gomide Nunes
1- Um curandeiro atendeu à futura mãe de Champollion, desenganada pelos médicos;
2- Genitora de Champollion, albergando em seu útero o espírito reencarnante de um provável escriba egípcio;
3- A reencarnação de um sábio egípcio.
4- O menino nasceu com pele escura, córnea dos olhos amarela e face marcadamente oriental.
5- Na casa do famoso Fourier, em contato com a coleção egípcia.
 O menino tendo a certeza de que os hieróglifos seriam lidos por ele.




O Que é O Espírito Santo?

 

                                                                       Americo Domingos Nunes Filho

                                                                       Associação Médico-Espírita do Estado do Rio de Janeiro

                                                                       www.ame-rio.org.br

                                                                       amecgs@gmail.com

 

Quem se defronta com os textos bíblicos, sem os subsídios proporcionados pela Doutrina Espírita, fica confuso, em muitas situações, como, por exemplo, no entendimento da identidade do chamado “Espírito Santo”. Em verdade, o Mestre Jesus, sabendo que suas instruções seriam falseadas, esquecidas e mal compreendidas, prometeu enviar, e assim o fez, o Consolador, a excelsa Doutrina Espírita que faz lembrar os seus sublimes ensinamentos. Ao mesmo tempo, revelou que todos os esclarecimentos seriam ofertados (“vos ensinará todas as coisas”), deixando evidente à posteridade que não pode dizer tudo devido ao intenso atraso evolutivo das criaturas daquela época (João XIV: 15-26).

Infelizmente, as traduções das letras do Evangelho não foram fiéis aos textos antigos, em grego, desde que é importante mencionar que o professor de Grego e Latim Carlos Torres Pastorino, na obra “Sabedoria do Evangelho”, ensina que, no idioma grego, a expressão “tò pneuma tò hágion” quer dizer “o Espírito, o Santo”, enquanto que “pneuma hágion”, sem o artigo definido “tò”, se refere a “um espírito santo”. O artigo indefinido não existe na língua grega.

Quando não há artigo definido, deve-se ler, em português, com artigo indefinido. Consequentemente, nesse caso, o certo é dizer “um Espírito Santo” e não “o Espírito Santo”. Em verdade, “um santo espírito” está se referindo a um espírito superior, um bom espírito, tanto encarnado como desencarnado. Quando as letras bíblicas trazem, no grego, a expressão “tò pneuma tò hágion” está havendo referência à presença de Deus em cada um de nós e em tudo, a centelha, o “Reino de Deus” ou emanação divina que nos possibilita a vida imortal.

Quase na sua totalidade, os escritos em grego do Evangelho que não apresentavam o artigo definido foram traduzidos erroneamente, sendo colocados os mesmos indevidamente. Em alguns casos, nem mesmo a expressão “pneuma hágion” estava presente e foi inserida equivocadamente, até mesmo acrescentando, além disso, o artigo definido, como no seguinte texto grifado: “Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. – Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (João, XIV: 15 a 17 e 26). Trata-se, portanto, de uma glosa marginal, também verificada nos versículos 7 e 8 do capítulo 5 da 1ª Epístola de João, com o propósito de tornar escriturística a asserção dogmática da chamada Santíssima Trindade.

Quanto a ser o “Espírito Santo” o próprio “Espírito da Verdade” ou o “Consolador”, deve-se ressaltar que o erudito professor Pastorino nega terminantemente essa possibilidade, alicerçada no Evangelho de João 14:26, relatando que a expressão grega “tò pneuma tò hágion” (“o Espírito Santo”) aparece apenas uma vez no Evangelho de João e, segundo ele, “assim mesmo, em apenas alguns códices tardios, havendo forte suspeição de haver sido acrescentada posteriormente” (“Sabedoria do Evangelho”, 5º vol., Pregar sem Medo). A identidade entre o Espírito Santo e o Espírito da Verdade ou o Consolador é, portanto, segundo Pastorino, uma farsa, relatando que no texto de João não há a expressão “Espírito Santo” nem, menos ainda, as palavras “um espírito santo”.

 O que se verificou, em Pentecostes, foi um fenômeno mediúnico de grande porte.

Já no episódio a respeito do dia de Pentecostes, a presença do “Consolador”, igualmente, não se verificou, porquanto a expressão grega “tò pneuma tò hágion” (“o Espírito Santo”) não é achada nos textos gregos de “Atos dos Apóstolos”, enquanto que “pneuma hágion”, sem artigo definido, correspondendo a “um santo espírito”, é encontrado. Logo, os apóstolos não ficaram, conforme está escrito: “cheios do Espírito Santo”, porquanto o certo é “cheios de um santo espírito”, caracterizando, deste modo, um fenômeno mediúnico de grande porte, assinalando a presença marcante de Jesus em espírito e a pujante faculdade paranormal verificada em seus discípulos, proporcionando o marcante intercâmbio com o além, inclusive se verificando a xenoglossia ou mediunidade poliglota, expressando os discípulos por meio de idiomas que não conheciam e pelo fato de os estrangeiros presentes em Jerusalém entenderem em seu próprio idioma o que estes diziam: "porque cada um os ouvia falar na sua própria língua" (Atos dos Apóstolos II: 6).

O Consolador Prometido veio, portanto, para que o entendimento das coisas espirituais não ficasse estagnado no tempo e no espaço, aprisionado nas teias retocadas das letras bíblicas (“a letra que mata”). Portanto, um dos princípios básicos do Espiritismo, a mediunidade, surge cristalina, ressurgindo das cinzas do dogmatismo. Em Éfeso, Paulo desenvolveu o intercâmbio mediúnico dos discípulos que já tinham sido batizados por João Batista: “Impondo-lhes as mãos, veio sobre eles um santo espírito” (espíritos superiores). O texto é assaz esclarecedor: “e tanto falavam em línguas (fenômeno conhecido como xenoglossia) como profetizavam” (Atos 19:1-7). Houve a incorporação de entidades espirituais que, em transe mediúnico, discorriam em determinado idioma estrangeiro, em língua estranha ao conhecimento daqueles homens. Assim, igualmente, aconteceu no dia de Pentecostes, com todos os discípulos do Cristo.

   O QUE É “O ESPÍRITO SANTO”?

Segundo o saudoso escritor Herculano Pires, “O Espírito a que a Bíblia se refere em numerosos tópicos e que nos Evangelhos toma o nome de Espírito Santo é o Espírito de Deus em sua manifestação universal” (Livro “Agonia das Religiões”, cap. VII). A entidade espiritual Emmanuel relata que o Espírito Santo é “a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas” (“O Consolador”, questão 303).). Portanto, cada criatura alberga a Luz de Deus, “O Reino de Deus”, dentro de si mesmo (Divindade Imanente). Em verdade, o Espírito Santo é a presença de Deus em cada um de nós e em tudo. O espírito, no momento de sua formação cósmica, é contemplado com potencialidades cedidas pelo Criador, as quais deverão ser exteriorizadas durante o seu percurso evolutivo.

Jesus, Interrogado pelos fariseus, quando viria o reino de Deus, respondeu-lhes e disse: "Não vem o reino de Deus de modo ostensível, nem dirão: ei-lo aqui ou ali; eis porque: o reino de Deus está dentro de vós" (Lucas 17:20-21).

  MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO PELA INTUIÇÃO

Um exemplo bem significativo da presença do Pai dentro de nós é observado quando no indivíduo, apresentando avanço na evolução, aflora uma faculdade intuitiva bem relevante. No Evangelho de Mateus, está descrito um diálogo assaz esclarecedor, travado entre o Mestre e os apóstolos. Jesus pergunta: “Quem diz o povo ser o filho do homem? Responderam eles: Uns dizem que é João, o Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou algum dos profetas.   Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou?   Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.   Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus (Cap. XVI: 13-17).

Naquele momento, em Pedro, manifestava-se a intuição. O “Eu Interior” ou “Eu Superior” ou “Reino de Deus” ou “Centelha Divina em Nós” exteriorizava-se, testemunhando a realidade da presença do “Ungido”, o Messias prometido no seio terreno.

O livro de Lucas cita um episódio ocorrido no interior do Templo de Jerusalem, no qual um homem portador de mediunidade-“Um santo espírito estava com ele”-, foi levado por seu guia espiritual- “movido pelo espírito”- , ao encontro com o menino Jesus e seus pais.

Importante destacar a tradução de Pastorino do grego, assim transcrito: “Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem esse justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel, e estava sobre ele um espírito santo, pelo qual espírito santo lhe fora revelado que não morreria antes de ver o Cristo do Senhor. E com o espírito foi ao templo; e quando os pais trouxeram o menino Jesus, para fazer por este o que a lei ordenava”. Portanto, nos textos antigos em grego, não há o artigo definido “tò” e as traduções, relatando a presença de “O Espírito Santo”, estão equivocadas. O certo é “um espírito santo”, isto é, um ser espiritual superior, acompanhando Simeão.

Ao tomar o menino nos seus braços, Simeão atinge os píncaros da intuição, deixando exteriorizar, naquele momento o “Cristo Interno” ou o “Eu Divino” ou o “Espírito Santo dentro de si”, louvando a Deus, em um cântico, dizendo que já poderia morrer em paz, porquanto seus olhos “contemplaram a salvação de todos os povos, luz para revelação dos gentios e glória de Israel!”

Voltando-se para Maria, diz “este menino está destinado para queda e levantamento de muitos em Israel e para ser alvo de contradição”. Acrescenta, a seguir, que “uma espada de dor transpassará o coração da mãe de Jesus”. Simeão, em profundo êxtase, expande sua consciência, rompendo as fronteiras do tempo e do espaço, deixando exteriorizar o Espírito de Deus dentro de si (Lucas II: 25-35).

Paulo de Tarso, o grande Apóstolo dos Gentios, na Primeira Epístola aos Coríntios, arremata: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus e que não sois de vós mesmos?” (1-Co. VI: 19).

O Consolador veio para os homens não ficarem mais órfãos, abrindo o horizonte da libertação humana, através do conhecimento da verdade que liberta, retirando as apertadas algemas da ignorância espiritual. “A Doutrina do Cristo não é mais prisioneira das Escrituras, mas ressonância das vozes do céu” (“O Evangelho segundo o Espiritismo”, introdução, item I). O próprio Mestre disse que voltaria na glória de seu Pai, acompanhado de seus anjos (espíritos superiores) para restabelecer todas as coisas. Ora, diz Kardec que “só se restabelece o que foi desfeito”. Certamente, já começamos a vislumbrar o tempo no qual “Deus porá sua lei no interior dos homens, a escreverá em seus corações e todos o conhecerão, desde o menor até o maior” (Jeremias 31:33).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Segunda, 02 de novembro de 2015


Aborto - Crime Legalizado Contra a Vida

Aborto - Crime Legalizado Contra a Vida

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Idealizemos que, em uma noite escura e gelada, um ser infantil, em torno dos quatro anos de vida, bata à porta de uma determinada residência e seja prontamente recolhido. Lá dentro, começa a sentir intensa proteção, ao lado do gostoso calorzinho e do alimento que lhe é oferecido a mancheias. Incomensurável alegria vivencia naqueles momentos inesquecíveis, porquanto, além do salutar abrigo encontrado, sente um acendrado amor por todos os que estão ao seu derredor. Aquieta-se, esperançoso, desde que dá valor à paz que logra experimentar.
Imaginemos, agora, outra estória sendo contada, referindo-se ao refúgio experimentado por alguém, igualmente, na fase infantil, com estatura inferior a um milímetro, menor que o tamanho de uma cabeça de alfinete, situado no cadinho materno, no lar uterino, vivenciando um momento excitante e único, uma experiência inesquecível. Também sentindo amparo, bem alimentado, aquietado, esperançoso e amando de forma peculiar e transcendental a todos os que lhe oferecem os braços acolhedores.
Em torno de 14 semanas de hospedagem, é-lhe oferecido um leito (o saco amniótico), onde possa se desenvolver com mais segurança. Aliás, o abrigo é tão intenso que choques mecânicos e térmicos não podem feri-lo, assim como é protegido do ataque de microrganismos patológicos, desde que se encontra abrigado em uma enorme “piscina”, aquecida e amparada, contendo um líquido de aspecto transparente, de início, e depois mais espesso e esbranquiçado (leitoso). Primeiramente, produzido pela placenta e membranas que envolvem a bolsa amniótica.
A seguir, a partir do 4º mês da gravidez (por volta da 20ª semana), os rins do infante iniciam seu funcionamento e o líquido amniótico passa a ser constituído, sobretudo, pela sua própria urina. Imerso nesse líquido, instituído de células epiteliais fetais descamadas e de quantidades aproximadamente iguais de sais orgânicos e inorgânicos, em cerca de 100% de água, o ser começa a executar exercícios saudáveis para os músculos e articulações.

                          
                Ensinamento grandioso de Jesus a respeito do “Nascer de Novo”:


A existência do líquido amniótico, tendo quase 100% de água, propicia o ensejo de encantar a estória, inserindo o Mestre Jesus, aludindo à reencarnação e a todos os seres que necessitam nascer de água e de espírito” (Evangelho de João 3:5).
Segundo Carlos Torres Pastorino, na obra "Sabedoria do Evangelho", volume 2º, “em grego, não há artigo diante das palavras "água" e "espírito". Não é, portanto, nascer da água do batismo, nem do espírito, mas de água (por meio da água) e de espírito (pela reencarnação do espírito) (...) "é o que te disse: indispensável se torna que o homem nasça de água (isto é, materialmente, com o corpo denso, dado que o nascimento físico é feito através da bolsa d’água do liquido amniótico) e de espírito (ou seja, que adquira nova personalidade no mundo terreno, em cada nova existência, a fim de progredir)”. Importante frisar que o ser em formação é composto também de água, em proporção de quase 100%.

                                                  
                                               Desfecho trágico das estórias:


Infelizmente, as estórias, desenvolvidas em um planeta como a Terra, onde os seres estão engolfados nos desafios e embates das provas e expiações, foram terminadas de forma trágica, porquanto os seres infantis foram assassinados violentamente de forma cruel e covarde.
Na primeira estória, a casa foi invadida por atrozes bandidos, os quais mataram a criança a pauladas. De imediato, os criminosos foram presos e, posteriormente, julgados, sofrendo uma pena compatível com o desumano ato que impetraram. A sociedade, perplexa, diante da brutalidade, da selvageria e da crueldade, se manifestou de forma enfática contra a frieza e ausência de limites dos marginais que praticaram tal ato. Indignação geral diante dessa atroz violência.
No segundo caso, exatamente onde ocorria o início do milagre da vida, um desumano assassinato aconteceu e os algozes, extremamente ignorantes, relataram que agiram perante a lei. O episódio descrito demonstra a incapacidade de algumas pessoas de sentirem piedade de outro ser humano e utilizam argumentos fúteis no sentido de tentar explicar o 2º crime, situando-o como diferente do 1º; contudo, a realidade revela absoluta igualdade nos dois trágicos eventos. Dois seres infantis foram mortos brutalmente e um deles com menos de um mês de vida intrauterina sem possibilidade total de reação ou fuga.
  Embora semelhantes, os atos criminosos tiveram consequências diferentes, porquanto o segundo crime não foi imputado pela vigente legislação penal, incongruente, e, ao lado de parte da sociedade, conivente com a selvageria desse brutal ato desferido contra o ser em crescimento no organismo materno.
Comparando as duas estórias, com os dois assassinatos de crianças sem possibilidade de defesa, verificamos que, no segundo caso, o crime pôde ser realizado clandestinamente ou legalmente de acordo com as circunstâncias permissiva; porém, as duas formas sem amparo moral. Afinal, não é errado matar um ser humano? O produto da concepção humana é, além de tudo, um ser inocente.
Conclusão: É errado matar o neném na barriga de sua mãe, constituindo-se em crime bárbaro, o qual terá de ser julgado pela legislação, tanto humana, quanto pela divina, essa inserida na própria consciência do ser.

                                                    
                                                   Aborto é crime no Brasil:


No Brasil, o aborto é considerado como crime pelo Código Penal (desde 1984), acarretando detenção de um a quatro anos, em caso de consentimento da mulher, e de três a dez anos para quem o fizer sem consentimento.
Há exceções no caso de haver risco de vida para a mulher grávida (excepcional, com a realização das cesarianas), quando a gravidez é resultante de um estupro (um ato bestial que é o estupro não justifica outro procedimento feroz que é o assassinato de um ser humano, o bebê, o qual, em caso de rejeição da mãe, poderia ser adotado, cabendo à sociedade e aos órgãos governamentais, ao invés de assassiná-la, em nome da lei, amparar psicologicamente a genitora e estimular a adoção da criança nascida.
No caso do estupro, é preciso frisar que a criança também faz parte, ao lado da mãe, do rol das vítimas e não pode cair sobre ela o ônus da pena) e no caso do feto anencefálico, seu extermínio faz ressurgir o aborto eugênico dos ignorantes espartanos e dos horrendos nazistas, os quais desconheciam que não existe o acaso e há uma razão transcendental para a vida. Em todos esses casos, o governo brasileiro fornece gratuitamente o aborto legal pelo Sistema Único de Saúde.
Que lástima!

                                        
                                O Embrião é uma vida humana inviolável:
              

Muitos dizem que o aborto é um direito da mulher porquanto o corpo onde está sendo formado o neném é dela. Em verdade, o ser que está se desenvolvendo, no santuário uterino, tem uma individualidade própria e seu organismo físico genuinamente não pertence à mãe, pois tem vida própria e jamais se confundirá com o corpo da mãe.  O embrião é uma vida humana e tirar a vida dele é horrendo crime. Portanto, a tese de que a deliberação de cometer o aborto está alicerçada no princípio de autonomia da mulher, apresentando-se com estrutura ontológica bem mais completa, em comparação com o bebê em seu ventre, só deva ser reconhecida em caso de a gestação colocar sua vida em risco de forma iminente. Somente nesse caso, é preferível que se sacrifique o ser que ainda não nasceu a sacrificar-se o que já existe, no caso a mãe.
É preciso lembrar, felizmente, que, com a evolução da medicina, tais casos se tornam cada vez mais raros. É importante frisar que a liberdade da mulher não pode ser ressaltada à custa do sacrifício de outrem.
Outra linha de pensamento, por sinal bem antiquada e anticientífica, que tenta se colocar a favor do aborto é aquela que associa seu argumento às consequências sociais geradas por uma alta taxa de natalidade ou nos casos em que a mãe não tem condições para sustentar o filho. Com o advento dos métodos de prevenção da gravidez essa preocupação não deveria ser mais vivenciada. Ao mesmo tempo, os órgãos governamentais, ao invés de incrementarem o aborto, deveriam dispor mais recursos e utilizá-los para a instrução da sociedade, como também incrementar a abençoada adoção dos menores desfavorecidos.
É mais importante canalizar verdadeiramente os recursos financeiros para retirar o ensino público do caos em que se encontra. Há necessidade de dar prioridade à educação da população, construindo mais escolas e fornecendo um ensino de alta qualidade do que criar leis de extermínio dos produtos da concepção humana, a serem cumpridas por uma medicina pública igualmente tão precária.
A ignorância da fisiologia sexual e dos recursos anticoncepcionais dão sustento ao aborto, tanto o clandestino, quanto o amparado pela lei. Os abortos clandestinos ou não têm sua gênese na falta de instrução e ignorância do povo e no desinteresse e incompetência dos políticos também com a saúde da população. Infelizmente, para a grande maioria das mulheres é mais fácil “tirar o filho” do que poder se instruir e ser acompanhada por uma medicina eficaz e valorizada.
O caminho a seguir é evitar a gravidez não programada, através do esclarecimento das pessoas em relação à sexualidade, dando-se ênfase ao conhecimento da fisiologia e, principalmente, da instrução a respeito da contraconcepção, porquanto, mesmo nos países onde o aborto é legalizado, as clínicas clandestinas não deixaram de existir, já que a mulher grávida não deseja se expor publicamente, escondendo sua identidade, preferindo o anonimato.       Portanto, o aborto, qualquer que seja, amparado pela lei ou não, não é solução para nada; inclusive, acarretando consequências físicas, psicológicas e espirituais seríssimas.
Sob o ponto de vista religioso, não somente a mãe, também o pai da criança, tanto como os parentes envolvidos, todos os legisladores e governantes, terão de prestar contas das consequências espirituais do crime realizado. Serão todos responsabilizados pela não continuação da vida do concepto.
A legalização do aborto é um absurdo, vigorando em alguns países, devido a Terra, no momento, abrigar ainda elevado número de seres não esclarecidos, principalmente sob o ponto de vista espiritual. Compreende-se que deveria qualquer lei ter uma função educativa e a legislação permissiva sobre o aborto dá legitimidade a algo que fere a consciência e está totalmente equidistante da paz e do amor que deveria vigorar entre todas as criaturas. Numa escala que vai de 0 a 10, iniciando-se na vibração inferior do nazismo, por exemplo, e terminando na faixa evolutiva de um excelso ser, como Francisco de Assis, a lei do aborto receberia, com certeza, a nota zero, principalmente por dar azo ao crime, como igualmente poder desfigurar as consciências das pessoas, principalmente da juventude, pois, sendo consentida juridicamente, pode aparentar ser justa e ética, quando, em verdade, se apresenta como iníqua, intolerável e estimulante à matança de indivíduos inocentes.
Afinal, uma lei deveria ser criada para defender a vida de todos os seres, preferencialmente dos desprotegidos. Uma sociedade que permite a pena de morte para inocentes, dando guarida à violência, certamente está muito longe de vivenciar, vivificar e construir a paz dentro de si mesma.

                        
           Perfeita simbiose entre mãe e neném- Ausência de Rejeição Imunológica:
 

O organismo embrionário ou fetal é tão valioso e enigmático, que mesmo sendo um corpo estranho, contendo proteínas paternas, não consegue ser rejeitado pelo sistema imunológico materno. A natureza é sábia, resguardando o neném de qualquer dissabor. Tudo, no cadinho maravilhoso da concepção, funciona para a harmonização do processo embriológico.  Com espanto e surpresa, os cientistas verificam um desenrolar natural e bem planejado da falta de atividade dos glóbulos brancos, na placenta, diante da interleucina 2 (secretada pelas células T e possuindo várias funções, principalmente a ativação dos linfócitos), deixando passar incólume os antígenos paternos. Tudo de forma organizada e no tempo certo.
O útero funciona como um abrigo valioso, imune à ação das células de defesa femininas contra proteínas estranhas, desde que a presença de 50% de material genético paterno deveria se tornar estranho ao corpo da mulher, agindo como se ela houvesse recebido um transplante. O espiritista estudioso da parte científica sabe que toda essa harmonia verificada entre a mãe e o neném, no abrigo uterino, é resultante da presença consonante dos espíritos ali envolvidos nessa messe de amor.
Em caso de desistência do espírito à reencarnação, acontece o chamado “aborto espontâneo” e todo esse processo imunológico começa a apresentar falhas. Certamente, o sistema imune do feto não será mais capaz de evitar o ataque de alguma célula de defesa da mulher ultrapassando a barreira placentária. O elo, o contato íntimo, a harmonia entre os dois espíritos, deixa de existir.
A tolerância imunológica verificada serve como um alerta da natureza, chamando a atenção de que o concepto é realmente especial e, assim como é protegido naturalmente, deveria o mesmo procedimento ser realizado pela sociedade humana. Daí, enfaticamente, ser o aborto um crime horrendo, porque fere a harmonia e a grandiosidade da vida em si mesma.
Da gestação até o período de amamentação, nota-se que o produto da concepção é amparado, acolhido de forma especial, já que, até no aleitamento materno, a interação imunológica entre mãe e filho é mantida de forma que a criança seja protegida contra qualquer agressor, em especial os agentes causadores de doenças. O aleitamento transfere anticorpos da mãe para o filho.
                                                 
                                        Tratamento médico fetal intrauterino:


Ao mesmo tempo, atualmente, o feto já é considerado paciente de uma área da ciência muito nova, a Medicina Fetal. Graças a vários recursos modernos, pode-se operar o feto, com o seu organismo já basicamente formado, em pleno cadinho uterino. Um exemplo de atuação da Medicina Fetal é a desobstrução da uretra do feto, intervenção valiosa e oportuna para evitar a insuficiência renal grave e perda do rim afetado.
Antigamente, sem o advento da Medicina Fetal só restaria ao nascer a oportunidade de ser realizado um transplante renal. Outro exemplo é a retirada ou transfusão de sangue do feto, em pleno útero, através de uma técnica que permite alcançar o cordão umbilical com uma agulha, guiada pela imagem precisa da ultrassonografia. As cirurgias a céu aberto estão, no momento, indicadas para casos especiais, como, por exemplo, a correção do enfraquecimento no músculo do diafragma do feto, a hérnia diafragmática, a qual é um defeito ou buraco no diafragma que permite que o conteúdo abdominal chegue à cavidade torácica.
Além da Medicina Fetal, é digna de menção a Neonatologia, atendendo os recém-nascidos, principalmente os prematuros com menos de 1,8 quilos, os quais, em torno de 60% recebem alta das maternidades sem nenhuma sequela. Portanto, a medicina, curando o produto da concepção doente, deve ser sempre louvada, em que pese, em alguns infelizes países, igualmente, matar seus potenciais pacientes, através do impiedoso aborto, como a França, onde esse assassinato é permitido em qualquer período da gravidez. Tendo sido promovido à condição de paciente pela medicina, sendo respeitado pela ciência, por que assassinar o ser em formação, através do impiedoso aborto?

                       img1
A foto é de um feto de 21 semanas em cirurgia intraútero.
A pequena mão do feto de 21 semanas, Samuel Alexanders Armas, emerge do útero de sua mãe para agarrar o dedo do Dr. Joseph Bruner como se estivesse agradecendo  o médico pelo dom da vida. Estava sendo operado (cirurgia intra-útero), na coluna vertebral (fissurada) e não iria sobreviver. Quando Dr.Bruner terminou a cirurgia no pequeno Samuel, o garotinho estende  sua pequena, mas já desenvolvida, mão pela incisão e agarrou com  firmeza a mão do cirurgião”. O Dr. Bruner disse que quando seu dedo foi agarrado, esse foi o momento mais emocionante de sua vida, e, por um instante, durante o procedimento,  ficou totalmente imóvel. A mãe do pequeno Samuel diz que ela e o pai "choraram por dias" quando viram o retrato.

                       
                                    Complicações Físicas e Psicológicas do Aborto:


A interrupção arbitrária de uma vida durante a gestação pode acarretar problemas sérios de ordem física e psicológica, mesmo quando realizada legalmente em boas condições hospitalares. A hemorragia, intensa, pode até levar ao choque. As infecções podem ser graves e mortais. Há a possibilidade de ocorrer a perfuração uterina, que poderá ocasionar peritonite e morte. O colo do útero também pode ser lesado durante as práticas abortivas.
As consequências psicológicas de grande intensidade como: crises de medo, dor, culpa, arrependimento, ansiedade, depressão, são apenas alguns dos sentimentos que muitas mulheres que já se submeteram à violenta prática do aborto mencionam ter com frequência e até mesmo reações psicóticas graves. Em muitos casos torna-se necessário recorrer a tratamento psiquiátrico para fazer face a estes sentimentos. E esta realidade está documentada em inúmeros artigos científicos.
Ainda mais significativo foi o fato de 25% das mulheres sujeitas ao aborto frequentarem consultas de psiquiatria, comparadas com 3% das mulheres do grupo de controle. Existem inúmeros estudos publicados que indicam a existência de uma relação entre a prática de aborto e um risco acrescido de perturbações psiquiátricas. As patologias associadas são várias: perturbações depressivas e ansiosas, disfunções sexuais, ideação suicida, abuso de álcool e drogas, estresse pós-traumático, etc.
O stress psicológico como consequência de um aborto parece ser maior do que antes se pensava. Um estudo recente que incluiu 331 mulheres russas e 217 mulheres americanas, que se submeteram a um aborto, parece demonstrar essa realidade. Cerca de 65% das mulheres americanas sondadas experimentaram múltiplos sintomas de desordem relacionados ao stress pós-traumático, os quais atribuíam ao aborto cometido. Elas, em 64%, sentiram-se pressionadas por outras pessoas a escolher o aborto, em comparação com 37% das mulheres russas.
De modo geral, as mulheres relataram mais reações negativas  do que positivas, das quais a única mais mencionada foi o alívio, porém, apenas 7% das mulheres russas e 14% das americanas a mencionaram
Aproximadamente 10% das mulheres que se sujeitam a um aborto induzido sofrem de complicações imediatas, das quais cerca de um quinto (2%) são consideradas de risco para a vida da mulher. As oito complicações principais mais comuns que podem ocorrer são: infecção, embolia, perfuração ou dilaceração do útero, complicações com a anestesia, convulsões, hemorragia aguda, danos cervicais e choque endotóxico.
Em 2003, dois investigadores publicaram um estudo, que mostra um risco significativo de nascimentos prematuros em mulheres que realizaram no passado aborto induzido. Nascimentos antes do tempo aumentam o risco de morte neonatal e deficiências.
Um estudo recente sugere que as mulheres que abortam na sua primeira gravidez não desejada têm maior propensão para o suicídio, aumento do abuso de drogas e para a depressão clínica, do que mulheres que levam a sua gravidez não intencional até ao fim. A prática comum do aborto induzido durante décadas deixou, na Rússia, um legado de problemas clínicos significativos. As complicações resultantes do aborto são a causa de morte maternal em mais de uma em cada quatro mulheres. De forma geral, 2 em cada 3 mulheres russas, que se submetem a um aborto induzido, sofrem complicações de saúde resultantes do procedimento em si, o que agrava ainda mais o estado do sistema de saúde desse  País.
                               
                              
                             Corpo Humano-Morada transitória do Espírito Imortal:


Geralmente, o crime do aborto é permitido em países com uma população predominantemente materialista, negando a transcendência do ser, constituído de um corpo biológico, servindo de morada transitória do espírito imortal, subordinado à legislação divina, a qual lhe dá o direito primordial à vida.
Inclusive, a própria ciência, igualmente divina, não pode criar a vida, muito menos tem o direito de exterminá-la. Ainda mais, não tendo a capacidade de entendê-la ou explicá-la. O cientista, por exemplo, diante das células internas do blastocisto, chamadas de células-tronco embrionárias pluripotentes (embrião no período de blástula, 3 a 5 dias após a fertilização) e já se insertando na cavidade uterina, sente-se deslumbrado, porquanto as 100 células do produto da concepção vão originar as centenas de tecidos que compõem o corpo humano.   A partir da fase de blastócito, as células somáticas, que ainda são todas iguais (pluripotentes), começam a diferenciar-se nos vários tecidos que vão compor o organismo.
A ciência considera essa fase um mistério, tal a sua complexidade e profundidade, desde que o acaso nada pode criar e, realmente, toda obra necessita de um molde, de uma planta de construção. Então, a própria ciência, no apogeu do seu desenvolvimento, vai chegar à única conclusão: a existência do espírito regendo todo o processo.
O acaso não pode orientar tal magnitude, porquanto o final do processo se resume em 100 trilhões de células (cada uma produzindo milhares de enzimas), formando 21 órgãos com seus 14 sistemas, 650 músculos e 206 ossos. A ciência se vê perplexa diante de um fenômeno tão grandioso, porquanto uma célula unidimensional (zigoto) consegue produzir um bebê tridimensional. Em verdade, o zigoto não é um homem em potencial, ele já é o próprio homem, em pequena dimensão, nele habitando o “Reino de Deus”.
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                                    Blastócito

                      
                     Consciência do Embrião Apontada em Trabalhos Científicos:


Falando de ciência, trabalhos com “Regressão Hipnótica da Memória” apontam que a consciência, considerada por muitos adeptos do aborto como indicadora do início da vida humana, está presente até bem antes da fusão do espermatozoide com o óvulo, conforme relato dos psicólogos versados nesse campo de trabalho científico, como o Dr. Raymond Moody Jr, Dra. Edith Fiore, Dr. Brian Weiss.
Finalmente, a Dra. Helen Wambach, trabalhando com mais de 1000 pessoas que se submeteram ao método de Regressão da Memória, através de hipnose, tudo documentado em seu livro “Recordando Vidas Passadas” (Editora Pensamento). Seus pacientes, colocados em transe hipnótico ou magnético, recuaram no tempo, em busca de lembranças do passado, passando pelo período da juventude, infância, chegando ao momento em que nasceram como igualmente no tempo em que ainda estavam no cadinho uterino.
Se for desejado, as lembranças também surgem relacionadas ao período em que viveram na Dimensão Espiritual e nas existências  anteriores. Enumeramos apenas algumas questões que foram propostas aos pacientes:
1 - Foi sua a decisão de nascer? De todos os pacientes, 81 % disseram que eles próprios haviam decidido renascer. 19% afirmaram que não tinham lembrança de nenhuma decisão ou que nada lhes ocorrera dizer com relação a esse ponto;
2 - Como você se sente ante a perspectiva de viver a próxima existência? 68% dos entrevistados confessaram relutantes, enquanto 26% consideravam-se otimistas;
3 - Qual o seu objetivo nesta vida? Quanto a um projeto especial referente a desenvolver talentos ou faculdades, 72% afirmaram negativamente, mas desejariam aprender a ter maior relacionamento com as pessoas. Já 28% afirmaram ter consciência de maior relacionamento com as pessoas, no sentido da solidariedade. Quase unânime a vontade do desapego às coisas materiais;
4 – Se conheceram seus pais, parentes, amigos ou amantes em existência anterior?  87% responderam afirmativamente.
Portanto, a Psicologia, em diversos países, com a técnica da Terapia Regressiva a Vivências Passadas, relata que os pacientes adultos captam lembranças do período pré-natal, férteis de intensos conteúdos emocionais, revelando que as fases embrionárias e fetais não são inertes, participando da vida o ser em toda a sua exuberância e grandiosidade.
Se os livros de embriologia dizem que a vida é um continuum que vai do zigoto (célula-ovo) à decrepitude sem solução de continuidade, podemos afirmar, baseados nos trabalhos regressivos da memória, que a vida é um continuum que abrange igualmente o elemento extrafísico, imortal e suscetível sempre de melhoria diante das oportunidades pedagógicas da reencarnação.

      
          Versículos do Antigo Testamento revelando a Transcendência da Vida Humana:


“Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção” (Salmo 139:14).
Descrição da ejaculação, fecundação, desenvolvimento embrionário e nascimento: “Não me derramaste como leite e não me coalhaste como queijo? De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste. Vida me concedeste na Tua benevolência, e o Teu cuidado a mim me guardou" (Jó 10:10-12).
“Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe... Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir” (Salmo 139:13-16).
“Contudo, tu és quem me fez nascer; e me preservaste, estando eu ainda ao seio de minha mãe. A ti me entreguei desde o meu nascimento; desde o ventre de minha mãe, tu és meu Deus.” (Salmos 22:9-10).
“Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações.” (Jeremias 1:5).

                               
                             O que diz a Doutrina Espírita sobre o Aborto:


Q. 357 de “O Livro dos Espíritos”: “Que consequências têm para o Espírito o aborto”?
Resposta dos Espíritos “É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar”.
Questão 358 de “O Livro dos Espíritos”: “O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção”?
Resposta dos Espíritos: “Há sempre crime quando se transgride a lei de Deus. A mãe ou qualquer pessoa cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas  de que o corpo devia ser o instrumento”.
Emmanuel, sob a psicografia de Chico Xavier, diz, no capítulo entitulado ABORTO DELITUOSO:
“Habitualmente- nunca sempre- somos nós mesmos quem planifica a formação da família, antes do renascimento terrestre, com o amparo e a supervisão de instrutores beneméritos. Comumente chamamos a nós, antigos companheiros de aventuras infelizes, programando-lhes a volta em nosso convívio, a prometer-lhes socorro e oportunidade, em que se lhes reedifique a esperança de elevação e resgate, burilamento e melhoria. Se, porém, quando instalados na Terra, anestesiamos a consciência, expulsando-os de nossa companhia, a pretexto de resguardar o próprio conforto, não lhes podemos prever as reações negativas, e então, muitos dos associados de nossos erros de outras épocas (convertidos, no Plano Espiritual, em amigos potenciais, devido às nossas promessas de compreensão e auxílio) fazem-se hoje inimigos recalcados.
A rigor, nos infundem mais sofrimento e aflição do que se estivessem conosco na experiência física, na condição de filhos-problemas, impondo-nos trabalho e inquietação. É suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos grandes fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões (Obra “Vida e Sexo”, FEB).
          
                                                 
                                                 Considerações Finais.


Dilacerar ou sugar o indivíduo, na fase embrionária ou fetal, já abrigado no refúgio materno, sentindo-se amparado e preparando-se para viver entre nós, é, sem dúvida, um ato verdadeiramente selvagem e cruel.
Se o corpo humano estivesse apenas restrito à parte material, física por excelência, da vida, assim como acredita o materialista, mesmo assim o aborto se nos apresenta como um horripilante crime.
Infelizmente, o mundo científico hodierno, não obstante o grande avanço tecnológico constatado em nossos dias, quase nada sabe sobre o porquê da presença do homem na Terra e do seu porvir na Eternidade. Desventuradamente, desconhece que, acima de tudo, no aprisco materno, está presente o espírito imortal, filho de Deus, herdeiro do Infinito, necessitando passar por uma prova ou expiação necessária à sua evolução.
Existe no cadinho materno um ser vivo, um indivíduo com características próprias, e não um simples apêndice do corpo da mãe.
Disse a estimada Madre Tereza de Calcutá: “O aborto é o assassinato no ventre... Uma criança é um presente de Deus. Se não a quiser, dê-a para mim. É uma pobreza decidir que uma criança deva morrer para que você possa viver como deseja. A maior destruição da paz é o aborto, pois se uma mãe pode matar sua própria criança, o que impede de eu matar a você e de você me matar? Não há nada que impeça”.
Que Jesus, o Mestre Querido, ilumine a todas as mães que já impetraram esse terrível delito, concedendo a todas a oportunidade valiosa de saldarem suas dívidas através do amor. A adoção é um dos caminhos, inclusive, abençoados para essa reparação.

sábado, 19 de setembro de 2015

Menopausa- Desafio a ser Vencido


Cuidar do Corpo e do Espírito.

Menopausa- Desafio a ser Vencido.

Dr. Americo Domingos Nunes Filho

Presidente da Associação Médico-Espírita do Estado do RJ.


 

 

Na dimensão física, passa o ser reencarnado por uma fase muito difícil, a menopausa, compreendendo um período fisiológico normal e imperioso, porquanto todas as mulheres o vivenciam, agraciadas, felizmente, com os recursos dispensados, na época atual, pela medicina.

O termo menopausa vem do grego mēn (mês) e paûsis (interrupção, pausa), caracterizando-se pela suspensão da menstruação há mais de um ano devido ao natural e compulsório encerramento dos ciclos ovulatórios, deixando de produzir os hormônios sexuais estrogênio e progesterona e, consequentemente, com perda da capacidade reprodutiva, a qual pode acontecer normalmente entre os 45 e 55 anos. Essa etapa pode ocorrer de forma dramática, antes do tempo certo, devido à cirurgia pélvica com a exérese dos ovários e pela ação deletéria do tratamento quimioterápico ou radioterápico, utilizado em mulheres portadoras de algum tipo de câncer, danificando os ovários. A menopausa precoce, igualmente, é relacionada com a herança familiar, com uma infecção viral (caxumba), afetando os ovários do feto e produzindo menos óvulos e defeitos genéticos.

É necessário frisar que, em medicina, há distinção entre menopausa e climatério. Enquanto a primeira é diagnosticada através da informação de que a paciente está há um ano ou mais sem a ocorrência de menstruações, a segunda abrange todo o período de esgotamento gradativo da função ovariana, com progressiva queda da concentração dos hormônios estrogênio e progesterona, provocando sintomas desde leves até intensos, como ciclos menstruais irregulares, até mesmo acompanhados de sangramentos copiosos; episódios súbitos de ondas de calor (fogachos), principalmente na face e pescoço;  alteração na firmeza das mucosas   vaginais e uretrais, acarretando modificações morfológicas indesejáveis, como afinamento da mucosa vaginal e atrofia dos grandes lábios, com redução da lubrificação vaginal, dor à penetração, diminuição da libido, felizmente a intensidade do orgasmo não é alterada; manifestações deletérias nas funções vesicais, com dificuldades nas micções e até mesmo incontinência urinária e acometimento de infecções urogenitais; o funcionamento desarmônico do sistema nervoso central se revela com a eclosão dos distúrbios de ansiedade, alterações do humor, suores noturnos, insônia, irritabilidade, diminuição da atenção e da memória e a temível depressão (o estrogênio está ligado a sentimentos de bem-estar e elevada autoestima); perda acentuada da massa óssea (osteoporose), principalmente das vértebras e ossos longos; incidência alta de doenças cardiovasculares como o infarto do miocárdio, principal causa de morte depois da menopausa;  o colágeno subcutâneo sofre perda progressiva e os cabelos e unhas se tornam cada vez mais frágeis e a pele torna-se áspera, perdendo o brilho e o vigor, com o aparecimento do envelhecimento facial, revelando marcantes rugas, acentuadas marcas de expressão e intensa flacidez;  a deposição de gordura no tecido mamário, acarretando perda da firmeza e achatamento dos mamilos e aumento de concentração do colesterol ruim, o  LDL, e diminuição do HDL (colesterol bom), como igualmente a distribuição irregular de gordura  no corpo, semelhante ao do sexo masculino, ou seja, acentuado depósito efetuado na parede abdominal, ostentando a antiestética barriga.

Como é importante, nesses momentos em que a mulher se defronta com a menopausa, lembrar-se do excelso ensinamento de Jesus, falando do segundo maior mandamento, o qual consiste em amar o próximo como a si mesmo (Mateus, cap.XXII:39).

O ensinamento é bem claro, porquanto é imperioso que o indivíduo queira muito bem a outrem, na mesma proporção em que aprecia a si próprio. Sendo capaz de amar-se, é possível, igualmente, ser propenso a ter afeição pelo próximo. Portanto é imperioso que a autoestima esteja em alta e o ser esteja bem consigo mesmo. O desenvolvimento científico em grande escala, principalmente na área da medicina, canalizado para o bem da criatura, é de fato concessão da Providência Divina e a mulher que está vivenciando uma fase essencialmente biológica, normal no desenvolvimento de envelhecimento do corpo humano, o qual faz parte do ciclo da vida, pode ser contemplada, no momento, com a ajuda considerável da ciência, tanto na área física, quanto na mental.

Se ela experimenta sensações benfazejas no exercício do sexo seguro e responsável, é importante que a menopausa não venha a estragar sua autoestima e, consequentemente, o amor que nutre em relação ao seu próximo, principalmente ao seu parceiro, necessitando superar essa fase tão difícil para ela.

Se ela passa por um período de transtornos mentais, desde a ansiedade extrema até à depressão, como poderá experimentar amor pelo próximo?

Se ao olhar-se no espelho observa um envelhecimento precoce de sua face e a presença de uma barriga bem saliente, como sentir afeição por alguém, se não está em paz?

Se seus ossos estão rarefeitos, visualizando-se a osteoporose que poderá lhe levar à inatividade forçada em um leito devido à possibilidade de sofrer fraturas graves, como poderá experimentar vontade de ajudar o próximo? 

Se a falta de estrogênio é causa de todos os transtornos do climatério e da menopausa é importante procurar atendimento médico especializado, quando se prescreverá a reposição hormonal, a qual poderá ser administrada de diversas formas, desde as orais e injetáveis até as tópicas. É importante que a paciente seja acompanhada durante todo o tratamento, não deixando de se consultar com o seu médico, porquanto há também necessidade de acompanhar os parâmetros hormonais sanguíneos, com a avaliação certa da dose exata do medicamento. Em mulheres que ainda têm o útero, é importante associar o hormônio progesterona para se resguardar contra o câncer no endométrio, porção mais interna do órgão e que, após a menopausa, fica mais fino e frágil, facilitando a formação cancerígena. O risco de acometimento maligno mamário, embora pouco significativo, existe na reposição hormonal, o que exige supervisões médicas periódicas.

Essencial que ao lado do tratamento medicamentoso, a mulher tenha um estilo de vida saudável, fazendo exercícios regulares, saindo do sedentarismo, e experimentando uma dieta salutar com pão e arroz integral, aves, peixes, frutas, legumes e verduras. Jogar fora as margarinas, as gorduras hidrogenadas, as refeições ricas em açúcar e sal. Nunca mais se alimentar de frituras, massas, refrigerantes, farináceos e de refeições “fast-foods”. Importante o consumo, embora moderado, de gorduras saudáveis como as do salmão, do abacate e do azeite de oliva, ricas em colesterol HDL. Igualmente ter sempre no cardápio: as castanhas, as frutas cítricas e os alimentos ricos em fibras, como os cereais integrais, e os antioxidantes, como os vegetais folhosos, o limão, o açaí, as frutas vermelhas, a uva, a amora e a jabuticaba. Não consumir alimentos industrializados, principalmente os enlatados. Afastar-se dos vícios, não se esquecendo de parar com o cigarro e com o álcool. Muitos trabalhos científicos atestam o benefício da soja para aliviar muitos dos sintomas da menopausa não precoce (não age nos casos de menopausa de origem cirúrgica ou provocadas por quimioterapia), desde que as isoflavonas da soja (fitoestrógenos) produzem um efeito semelhante ao do hormônio feminino estrogênio pela capacidade de se ligar a receptores desse hormônio.  De acordo com as mesmas pesquisas, mulheres orientais suportam bem mais os sintomas da menopausa devido ao alto consumo da soja.

Envelhecer faz parte da vida, mas não pode ser encarado como um fardo. Aliás, a essência extrafísica depende de um corpo saudável para expandir seu desejo de progresso espiritual, aproveitando ainda os últimos momentos de permanência na carne para exteriorizar cada vez mais as potencialidades divinas de que é portadora, sabendo que esse mergulho interior lhe proporcionará a oportunidade de vivenciar extrema felicidade interior.

Como é importante aliar o conhecimento científico com a sabedoria excelsa da Doutrina Espírita, a qual não está restrita a salas fechadas, frias de espiritualidade, mas que desdobra o seu pensamento nos arraiais do Infinito.

 

  

 

sábado, 2 de maio de 2015

Será Chico Xavier a reencarnação de
Allan Kardec?

Há alguns anos, no movimento espírita brasileiro, surgiu a hipótese de ter sido o estimado médium Francisco Xavier, de saudosa memória, a reencarnação do excelso codificador da Doutrina dos Espíritos, o que vem sendo divulgado, principalmente, por alguns confrades de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.  
Contudo, em qualquer revelação, o critério adotado por Kardec deve ser sempre empregado, utilizando-se o crivo da coerência, passando tudo pelo bisel da criticidade, sem que seja o pesquisador possuído por qualquer forma de extremismo. É válido o pensamento esclarecedor do Espírito Erasto, encontrado, em “O Livro dos Médiuns”, 2ª parte, cap. XX, item 230: “Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos antigos provérbios. Não admitais, pois, o que não for para vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. O que a razão e o bom senso reprovam, rejeitai corajosamente. Mais vale rejeitar dez verdades do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa”. 
Embasado na prudência, ensinada por Erasto, não se pode referendar, de imediato, a hipótese preconizada, sem estudar proficuamente o assunto, para só depois elaborar as imediatas conclusões. 
Por mais que se ame o Chico, a verdade soa mais alto: há um profundo abismo separando-o de Kardec. Lendo e perscrutando as biografias desses dois grandes vultos da Humanidade, nota-se grande discrepância, principalmente no campo psicológico. Chama muito a atenção que suas personalidades são extremamente opostas: Chico revelava-se um Espírito acentuadamente feminino e, embora estivesse reencarnado na polaridade masculina, exibia alguns trejeitos marcantes do sexo feminino, como igualmente exteriorizava um temperamento mais sensível. Fácil de perceber que se encontrava reencarnada, em corpo dissociado de sua estrutura psicológica, uma mente acentuadamente feminina. 
Allan Kardec ensina, na Revista Espírita de janeiro de 1866, que “os Espíritos se encarnam nos diferentes sexos; tal que foi um homem poderá renascer mulher, e tal que foi mulher poderá renascer homem, a fim de cumprir os deveres de cada uma dessas posições, e delas suportar as provas”. “Depois, pode ocorrer que o Espírito percorra uma série de existências num mesmo sexo, o que faz que, durante muito tempo, ele possa conservar, no estado de Espírito, o caráter de homem ou de mulher do qual a marca permaneceu nele. Mudando de sexo, poderá, pois, sob essa impressão, em sua nova encarnação, conservar os gostos, as tendências e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes que se notam no caráter de certos homens e de certas mulheres.” 
“Não tenho nenhuma semelhança com aquele homem corajoso e forte que nos deixou dezoito livros maravilhosos”
O querido Francisco Cândido Xavier, bem-sucedido na tarefa para a qual se apresentou a cumprir, é um Espírito acentuadamente feminino que reencarnou, naturalmente, por missão, em corpo masculino. Para execução de tarefas importantes no campo intelectual e moral da Humanidade, o ser, ainda que com a mente acentuadamente feminina, reencarna em corpo dissociado de sua estrutura psicológica. Nos arraiais do movimento espírita, principalmente exercendo a mediunidade, encontramos muitos desses irmãos em caminhada terrena, em abençoados e amorosos afazeres. (“Transexualismo por Missão”). 
Se Chico Xavier foi a reencarnação de Kardec, podemos ressaltar que estamos diante de uma aberração doutrinária, conhecida como retrogradação espiritual, desde que o Codificador se apresentou como Espírito completamente em harmonia com sua polaridade masculina, ao contrário de Chico Xavier, que disse, em 28 de agosto de 1988, em entrevista ao Diário da Manhã, de Goiânia-Goiás, respondendo à pergunta se seria Kardec reencarnado: Não, não sou. (...) digo isto com serenidade. Não sou. Consulto a minha vida psicológica, as minhas tendências. Tudo aquilo que tenho dentro do meu coração sou eu. Não tenho nenhuma semelhança com aquele homem corajoso e forte que, em doze anos, deixou dezoito livros maravilhosos”. 
Tivesse sido realmente Chico Xavier um homem aguerrido, audaz, austero, valente, dotado de grande personalidade masculina, emitindo sua opinião sem titubeios (o estimado médium não sabia dizer não às pessoas), certamente seria coerente tentar inicialmente identificá-lo como Kardec reencarnado. Contudo, analisando a biografia de Chico Xavier, pela ótica do método kardeciano, utilizando a razão e a lógica, procurando sempre a verdade, sem fanatismo e pieguice, verificamos ser impossível o médium ser o excelso codificador da Doutrina Espírita, inclusive necessitando ainda de maior vivência e experimentações na polaridade masculina. 
Allan Kardec, na época que Chico Xavier estava reencarnado, manifestou-se mediunicamente inúmeras vezes, inclusive diante de Léon Denis, conforme seu relato na sua obra “O Gênio Céltico e o Mundo Invisível” (edições CELD, págs. 277 a 332). Muitos poderão argumentar que tal fenômeno é possível; porém, a codificação espírita ensina que a evocação de pessoas vivas tem suas dificuldades devido à influência marcante da matéria (“O Livro dos Médiuns”, item nº 284, 42ª). Ao mesmo tempo, seria muito difícil acontecer que o Espírito encarnado consiga se apresentar ostentando uma personalidade anterior, vivida em existência pretérita. Em caso afirmativo, apresentando-se como Kardec, Chico teria certeza absoluta dessa reencarnação e não a negaria. 
Não existe médium perfeito, e o melhor de todos é aquele que tem sido menos enganado
Pelo contrário, no programa “Pinga-Fogo 2”, Chico relatou ter vivenciado, em diversas existências, um intelectual derrocado e veio como médium para resgatar essa dívida. Assim se expressou: “... nos informamos com ele [Emmanuel] de que, em outras vidas, abusamos muito da inteligência, nós em pessoa...” e, igualmente, reproduz as seguintes palavras de Emmanuel: "Você não escreverá livros, em pessoa, porque você mesmo renunciou a isso... Seu Espírito, fatigado de muitos abusos dentro da intelectualidade, quis agora ceder as suas possibilidades físicas a nós outros, os amigos espirituais”. 
Segundo essa informação, seria impossível Chico Xavier ter sido Kardec, visto que o Codificador foi vitorioso em sua missão, não se limitando apenas à observação do fenômeno da comunicação mediúnica, já que se aprofundou nesse intercâmbio e descortinou amplamente o universo espiritual, tomando conhecimento de suas leis e de suas relações com o mundo físico.  
Ao contrário do brilhante trabalho intelectual desempenhado por Kardec, Chico se caracterizou apenas como intermediário dos Espíritos, sabendo-se que a codificação kardeciana ressalta que não existe médium perfeito (Revista Espírita, fev. 1859, “Escolhos dos Médiuns”) e o melhor de todos é aquele que tem sido menos enganado (“O Livro dos Médiuns”, cap. 20, nº 226, 9ª).  
Importante ressaltar que Kardec não reencarnaria para ser assistido por um Espírito (Emmanuel), que responderia por ele a todas as perguntas, em todos os momentos, como foi verificado exaustivamente no programa Pinga-Fogo 1. Aliás, o próprio médium disse que compareceu à televisão com a permissão de Emmanuel. A propósito, Emmanuel sempre exortava o médium a respeitar a Doutrina em sua fidelidade e citava Kardec como referência, com reverência. Em nenhum momento, o guia espiritual fez menção ao fato de Chico ser o próprio codificador e nem o tratava como tal. Como ninguém ignora, era comum Emmanuel dar reprimendas no médium, advertindo-o com rigor inúmeras vezes, como no episódio do avião, quando Chico manifestou ruidosamente medo de morrer. 
Enquanto Allan Kardec demonstrava pulso firme e resoluto no trato com as pessoas, sendo denominado até mesmo de “Apóstolo da Verdade”, o médium não sabia dizer “não”, chegando ao ponto de engolir uma barata que se encontrava na sopa para não deixar a dona da casa constrangida (“Lindos Casos de Chico Xavier”, páginas 196-197). O Codificador, certamente, alertaria a todos os comensais do grave fato ocorrido. Certa feita, o querido Chico, com medo de fazer desfeita, comeu desbragadamente por insistência de sua anfitriã e, no final, ainda foi tachado de glutão e guloso. 
A calvície, que muito incomodava o Chico, era retocada por uma peruca ou escondida por um vistoso boné  
Kardec apresentava-se equidistante das religiões tradicionais, sendo portador de uma religiosidade marcante, alicerçada na fé raciocinada, separando-a do religiosismo (misticismo, exterioridade, culto), restabelecendo a fé pelo raciocínio, tendo sido morto na fogueira pela Igreja, quando vivenciou a personalidade ímpar do reformador religioso João Huss (século XV d.C.).  
Chico, quando católico, era extremamente beato e praticava com fervor os sacramentos. Também colecionava ilustrações de santinhos em sua gaveta, o que foi constatado após sua desencarnação. Intensamente místico, carregou na procissão uma pedra enorme na cabeça e, “pagando os seus pecados”, afastando o “diabo”, seguia à risca as receitas paroquiais (repetia mil vezes seguidas a oração da Ave-Maria). Largou a Igreja Católica devido à sua extraordinária mediunidade.
A calvície, que muito incomodava o Chico, era retocada por uma peruca ou escondida por um vistoso boné. Kardec apresentava uma incipiente calvície e parecia não se incomodar com isso. 
O médium, opostamente ao codificador, sempre se depreciava, intitulando-se “besta”, “um nada”, “capim” e “verme”. Na infância, Chico era espancado barbaramente pela mulher que o acolheu em sua casa, como igualmente teve sua barriga ferida com garfo. E foi, até mesmo, obrigado a lamber as feridas da perna de um primo. Chico, no recreio, sofria muitas surras, apanhando dos colegas a socos e pontapés. O médium era perseguido por obsessores e acometido por perturbações espirituais.  
Na escola, no Castelo de Zahringenem, em Yverdon-les-Bains, na Suíça, como discípulo do famoso educador Pestalozzi, Kardec com quatorze anos de idade já orientava seus pares, ensinando aos seus colegas menos adiantados. 
A mãe de Chico, em mensagem psicografada, lhe disse que não encarasse a mediunidade como uma dádiva, porque “imperfeito como era não merecia favores de Deus” (“As Vidas de Chico Xavier”, pág. 57). Emmanuel exortou-o à prática da disciplina. O Espírito Eça de Queiroz observou no médium “porções de sofrimentos, pedaços de angústia esterilizadora, recordações tristonhas, lágrimas cristalizadas” (“As Vidas de Chico Xavier”, pág.56). Em outra ocasião, sentindo intensa dor, solicitou a presença de Emmanuel, que duramente lhe disse: Sua condição não exonera você da necessidade de lutar e sofrer, em seu próprio benefício (“As Vidas de Chico Xavier”, pág.74). 
Chico disse a Arnaldo Rocha que o próprio Kardec veio, em Espírito, orientá-lo no início de suas atividades  
O confrade Arnaldo Rocha (ex-marido de Meimei e amigo íntimo de Chico Xavier desde 1946), falando sobre o saudoso médium, em palestra proferida na União Espírita Mineira, disse que é uma estultice essa ideia de que Chico e Kardec sejam o mesmo Espírito, e fez conhecer um diálogo que tiveram, no qual o médium lhe informou de que ele fora, em verdade, a Srta. Japhet, a médium que teve papel considerável na revisão dos textos da primeira edição de “O Livro dos Espíritos” e que o próprio Kardec veio, em Espírito, orientá-lo nos primeiros meses de sua preparação como espírita iniciante, na cidade de Pedro Leopoldo. (N.R.: o vídeo dessa palestra pode ser visto clicando-se em http://vimeo.com/9098617.) 
Pode-se afirmar, baseado na veracidade da previsão do Espírito da Verdade sobre a volta muito breve de Kardec (“Ausentar-te-ás por alguns anos”), que o codificador possa perfeitamente ter errado nos seus cálculos, desde que, para a Espiritualidade Superior, alguns anos representam muito mais do que três a quatro dezenas de anos (“a minha volta deverá ser forçosamente no fim deste século ou no princípio do outro”). 
A hipótese de Chico ser Kardec também foi repelida por Herculano Pires (“O melhor metro que mediu Kardec”, segundo Emmanuel), na obra “Curso Dinâmico de Espiritismo”, XVII. 
O fato de o Espírito do médium não ter vivenciado a personalidade ímpar e majestosa do Codificador não o deprecia de forma alguma, desde que, com muitas limitações físicas, foi vitorioso no que se propôs a executar, sendo até mesmo indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 1981 e agraciado pelo povo do Estado de Minas Gerais, no ano de 2000, como “O Mineiro do Século”. 
Que o nosso querido Mestre Jesus abençoe sempre e cada vez mais o estimado Chico, iluminando o caminho que trilha, diante do Infinito. Que as mesmas bênçãos sejam derramadas sobre o excelso Emmanuel, agora engolfado nas romagens terrenas, já reencarnado entre nós, segundo informação anterior do próprio médium, desde o ano de 2000.